Transcrever a História é interessante e importante. Testemunhar a História ser escrita é muito mais bacana. Se na fase Beta o MMA englobava lutadores especialistas em uma arte enfrentando mestres de outras e na fase 1.0 vimos os lutadores sendo obrigados a aprender técnicas de outras lutas para sobreviver no esporte, na fase 2.0 estamos vendo, na minha opinião, a maior revolução feita no MMA.

Quem começou esta revolução foi Tito Ortiz, ao chamar os melhores para treinar com ele. Mas podemos considerar Georges St-Pierre o grande expoente desta mudança. Diferente de Ortiz, que era (é) limitado tecnicamente, GSP se tornou um lutador completo no aspecto técnico, tem um preparo físico monstruoso e o lado psicológico dos mais fortes do MMA. Com a popularização do esporte, o canadense tornou-se uma estrela além do MMA, sendo capa inclusive de revistas como a Men's Fitness, que fez uma reportagem sobre os treinos do campeão dos meio-médios do UFC.
Os eventos seguem revolução similar. Depois de ver seu prestígio abalado pelo PRIDE, o UFC conseguiu retomar a ponta. A grande tacada foi a criação do reality show The Ultimate Fighter, em 2005, transmitido em TV aberta nos EUA, idéia que alavancou de vez a popularização do esporte. O crescimento permitiu que os irmãos Fertita, donos da Zuffa LLC (proprietária do UFC) comprassem a Dream Stage Entertainment, dona do PRIDE, em 2007, devolvendo ao UFC a aura de principal evento de MMA do mundo.
Mas quem vem fazendo a maior revolução entre os eventos atualmente é a Affliction Entertainment. Criada a partir da junção da Affliction Clothing, marca de roupas muito utilizada por lutadores, mas que foi banida do UFC, com a M-1 Global (organizadora do K-1), a Golden Boy Promotions (empresa do boxeador Oscar de la Hoya, que promove os maiores eventos de boxe no mundo atualmente) e Donald Trump, poderoso empresário americano, além de Tom Atencio, melhor matchmaker do MMA atual. Empresas e profissionais de ramos distintos juntos para alavancar ainda mais o esporte.

Alguns dizem que, com cards caríssimos, o Affliction pode ter vida curta, ainda mais em tempos de crise econômica mundial. Mas isto é assunto para terça-feira, quando encerraremos este especial mostrando uma possibilidade de futuro do MMA.
Um comentário:
Muito legal, fiquei curioso pra ver o próximo artigo sobre o futuro.
Postar um comentário